20 junho 2013

Portimão: Autarcas detidos por corrupção e branqueamento


O vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, o vereador Jorge Campos e outras três pessoas foram detidos por suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento e participação económica em negócio, informou hoje a PGR.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) salienta que os factos em investigação estão relacionados com a atividade e gestão da empresa municipal Portimão Urbis.

Os cinco detidos vão ser presentes na tarde de hoje ao juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça, para primeiro interrogatório judicial.

"Estão em causa contratos celebrados pela empresa municipal [Portimão Urbis] com outras empresas. Há suspeitas de corrupção, entre outros crimes de cariz económico", explicou na quarta-feira fonte policial à agência Lusa, acrescentando que uma das situações investigadas prende-se com o projeto Pictures Portugal - iniciativa privada para a criação da cidade do cinema em Portimão.

Luís Carito e Jorge Campos faziam parte, à data dos alegados factos (2011), do conselho de administração da empresa municipal Portimão Urbis.

Os dois autarcas e mais três suspeitos foram detidos no âmbito de uma investigação da Polícia Judiciária que culminou hoje com a realização de buscas na autarquia e nas instalações da empresa municipal.

Segundo a mesma fonte policial, além do vice-presidente e do vereador, foram também detidos Lélio Branca, administrador da Portimão Urbis e dois empresários: Artur Curado, diretor da Algarve Film Comission, e Luís Marreiros, diretor da Pictures Portugal.

A Câmara de Portimão informou na quarta-feira que as buscas efetuadas pela Polícia Judiciária (PJ) nas instalações da autarquia decorreram no âmbito de uma investigação que envolve o vice-presidente Luís Carito e o vereador Jorge Campos.

Num curto comunicado enviado à comunicação social, a autarquia indicou que as buscas estão relacionadas com diligências processuais de que são alvo os dois autarcas, eleitos pelo Partido Socialista.

As buscas, segundo o município, "estão relacionadas com um processo que teve origem em denúncias anónimas em 2011, que envolvem a empresa municipal Portimão Urbis".