Apesar da má gestão pública, empresarial e política, das últimas décadas, serão as empresas produtivas e lucrativas -- e não aquelas onde os sindicatos se orgulham de «infligir danos» -- que podem ajudar na recuperação económica do país, servindo os seus resultados também para abater dívida acumulada do sector público.
Jornal do Sistema
Retratos do país surreal
09 maio 2015
Nem tudo vai mal, no reino de Portugal, resultados do primeiro trimestre:
Nem tudo vai mal, no reino de Portugal, resultados do primeiro trimestre:
Lucros da EDP estabilizam nos 297 milhões de euros
Lucros da Endesa disparam para 435 milhões
Lucros da Altri disparam para 22,1 milhões de euros
Lucros da Sonaecom disparam 189% (21,3 milhões)
BiG duplicou lucros no primeiro trimestre (43 milhões)
BCP regressa aos lucros com 70,4 milhões de euros
Lucro do Santander Totta sobe 27,8% (53,8 milhões de euros)
Lucro da Portucel sobe 2,3% (41,8 milhões)
Sonae cresce lucros em 95,9% para os 20 milhões de euros
Apesar da má gestão pública, empresarial e política, das últimas décadas, serão as empresas produtivas e lucrativas -- e não aquelas onde os sindicatos se orgulham de «infligir danos» -- que podem ajudar na recuperação económica do país, servindo os seus resultados também para abater dívida acumulada do sector público.
Apesar da má gestão pública, empresarial e política, das últimas décadas, serão as empresas produtivas e lucrativas -- e não aquelas onde os sindicatos se orgulham de «infligir danos» -- que podem ajudar na recuperação económica do país, servindo os seus resultados também para abater dívida acumulada do sector público.
04 maio 2015
Os donos da TAP
As empresas públicas de transportes tornaram-se um dos maiores cancros do país, embora sem surpresa que mereça essa designação. Se alguma coisa se estranha é que tenham resistido a quatro décadas de depredação e desmandos de todos os actores e decisores que as destruiram pouco a pouco.
Nestes 40 anos, foram usadas por sucessivos governos para fazer política e ganhar eleições, esbanjando lucros que nunca existiram e autorizando a contracção de dívidas que se tornaram insustentáveis. Nestes 40 anos, alimentaram levas de gestores que souberam tratar muito bem dos seus privilégios e mordomias, mas se limitavam a cumprir os ditames dos ministros da tutela, incluindo os que, em nome da paz social, consistiam em ceder a todo o tipo de reivindicações, das mais justas às mais absurdas, apresentadas pelos sindicatos. Nestes 40 anos, a acção conjugada de um poder político perdulário e fraco, porque a olhar sempre para as eleições seguintes, e de um sindicalismo egoísta e irresponsável, porque exorbitando, não raro, na reivindicação de regalias impensáveis noutros sectores, deu no desastre que se vê: sete empresas acumulam uma dívida de 20 mil milhões de euros que todos os anos aumenta muitos mais milhões.
Nestes 40 anos, foram usadas por sucessivos governos para fazer política e ganhar eleições, esbanjando lucros que nunca existiram e autorizando a contracção de dívidas que se tornaram insustentáveis. Nestes 40 anos, alimentaram levas de gestores que souberam tratar muito bem dos seus privilégios e mordomias, mas se limitavam a cumprir os ditames dos ministros da tutela, incluindo os que, em nome da paz social, consistiam em ceder a todo o tipo de reivindicações, das mais justas às mais absurdas, apresentadas pelos sindicatos. Nestes 40 anos, a acção conjugada de um poder político perdulário e fraco, porque a olhar sempre para as eleições seguintes, e de um sindicalismo egoísta e irresponsável, porque exorbitando, não raro, na reivindicação de regalias impensáveis noutros sectores, deu no desastre que se vê: sete empresas acumulam uma dívida de 20 mil milhões de euros que todos os anos aumenta muitos mais milhões.
Câmara de Lisboa acusada de beneficiar projeto do GES (BES)
Deputados do PSD e dos Cidadãos por Lisboa acusam a Câmara de estar a favorecer um fundo do Grupo Espírito Santo e lembram ligações do vereador Manuel Salgado à família. Em causa está projeto Matinha.
“Será que a identidade dos ‘felizes contemplados’ ajuda a perceber alguma coisa deste processo?”. Esta é a pergunta que se ouve nos corredores da Câmara de Lisboa quando o assunto é o Plano de Pormenor da Matinha (PPM), assinado por Manuel Salgado, na altura principal acionista do atelier Risco. Sociedade a quem a Gesfimo — Espírito Santo Irmãos SA. encomendou o projeto de intervenção nas imediações do Parque das Nações. O mesmo Manuel Salgado que, desde 2007, assumiu o pelouro do Urbanismo da câmara.
“Será que a identidade dos ‘felizes contemplados’ ajuda a perceber alguma coisa deste processo?”. Esta é a pergunta que se ouve nos corredores da Câmara de Lisboa quando o assunto é o Plano de Pormenor da Matinha (PPM), assinado por Manuel Salgado, na altura principal acionista do atelier Risco. Sociedade a quem a Gesfimo — Espírito Santo Irmãos SA. encomendou o projeto de intervenção nas imediações do Parque das Nações. O mesmo Manuel Salgado que, desde 2007, assumiu o pelouro do Urbanismo da câmara.
"As cenas da TAP"
Já estamos fartos do assunto e dos penduras patrióticos que nos querem meter a mão na algibeira.
A TAP é um produto do império. Sem o império e a guerra colonial não existiria. O amor que os portugueses supostamente têm à TAP não passa de uma atracção pela falsa grandeza que as colónias nos davam e que gerações de portugueses partilharam, mesmo depois do “25 de Abril”.
É por isso, e só por isso, que a “privatização” provoca sempre uma certa exaltação nacionalista, muito próxima da idiotia. A conversa sobre o “valor estratégico” da TAP assenta na fantástica premissa de que Portugal é uma potência com um papel no mundo; e a “lusofonia” em interesses de algumas empresas sem um mercado decente, na emigração para África de alguns portugueses e numa língua, alegadamente comum, que se vai degradando a cada tentativa para a tornar oficial (como sucedeu com o acordo ortográfico).
A TAP é um produto do império. Sem o império e a guerra colonial não existiria. O amor que os portugueses supostamente têm à TAP não passa de uma atracção pela falsa grandeza que as colónias nos davam e que gerações de portugueses partilharam, mesmo depois do “25 de Abril”.
É por isso, e só por isso, que a “privatização” provoca sempre uma certa exaltação nacionalista, muito próxima da idiotia. A conversa sobre o “valor estratégico” da TAP assenta na fantástica premissa de que Portugal é uma potência com um papel no mundo; e a “lusofonia” em interesses de algumas empresas sem um mercado decente, na emigração para África de alguns portugueses e numa língua, alegadamente comum, que se vai degradando a cada tentativa para a tornar oficial (como sucedeu com o acordo ortográfico).
03 maio 2015
Refer e CP triplicariam défice em cinco anos se não houvesse fusão
O défice operacional conjunto da Estradas de Portugal (EP) e da Refer vai atingir o montante de 10,6 mil milhões de euros em 2019 se se mantiver o modelo actual de gestão das duas empresas, sem a fusão que está prevista. Hoje em dia, há uma falha de 3,4 mil milhões de euros entre receitas e despesas no agregado das duas gestoras das redes nacionais. Esta é uma das razões para António Ramalho, presidente da comissão de acompanhamento da fusão entre a EP e a Refer, considerar que o actual de modelo de gestão das duas empresas públicas não é sustentável, embora o responsável não tenha avançado qual o cenário de evolução do défice após o arranque da fusão.
02 maio 2015
António Costa faz ameaça velada por SMS a jornalista do Expresso por dar opinião sobre as propostas do PS
O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, enviou um SMS polémico a um dos diretores-adjuntos do semanário Expresso, na noite do 25 de abril, a propósito de um texto que o jornalista especialista em Economia escreveu sobre as propostas económicas apresentadas pelo PS. João Vieira Pereira revela esta sexta-feira na íntegra a mensagem que recebeu do líder socialista, afirmando que chegou a pensar tratar-se de um “engano”.
“Senhor João Vieira Pereira. Saberá que, em tempos, o jornalismo foi uma profissão de gente séria, informada, que informava, culta, que comentava. Hoje, a coberto da confusão entre liberdade de opinar e a imunidade de insultar, essa profissão respeitável é degradada por desqualificados, incapazes de terem uma opinião e discutirem as dos outros, que têm de recorrer ao insulto reles e cobarde para preencher as colunas que lhes estão reservadas. Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito. António Costa”
“Senhor João Vieira Pereira. Saberá que, em tempos, o jornalismo foi uma profissão de gente séria, informada, que informava, culta, que comentava. Hoje, a coberto da confusão entre liberdade de opinar e a imunidade de insultar, essa profissão respeitável é degradada por desqualificados, incapazes de terem uma opinião e discutirem as dos outros, que têm de recorrer ao insulto reles e cobarde para preencher as colunas que lhes estão reservadas. Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito. António Costa”
01 maio 2015
30 abril 2015
29 abril 2015
Ministério Público investiga ex-governantes do PS por suspeitas de corrupção
Vários ex-governantes do Partido Socialista (PS) estão a ser investigados pelo Ministério Público (MP), sendo suspeitos de cumplicidade com José Sócrates no alegado esquema de favorecimento ao Grupo Lena — que motiva a prisão preventiva do ex-primeiro-ministro.
A notícia, avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, aponta que, entre 2007 e 2011, o Grupo Lena, sediado em Leiria, terá recebido mais de 200 milhões de euros, num esquema com negócios relacionadas com a Parque Escolar, o TGV e autoestradas.
A notícia, avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, aponta que, entre 2007 e 2011, o Grupo Lena, sediado em Leiria, terá recebido mais de 200 milhões de euros, num esquema com negócios relacionadas com a Parque Escolar, o TGV e autoestradas.
28 abril 2015
TAP: Entrevista com João Cravinho
Vídeo: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=825361&tm=6&layout=123&visual=61
Em entrevista ao Diário Económico, o antigo ministro João
Cravinho aborda o caso da TAP. E sugere mesmo que, na TAP, “as
exigências às vezes eram verdadeiramente exorbitantes”.
Numa altura em que muitos passageiros estão a sentir os atrasos e
cancelamentos provocados pela greve de dez dias anunciada por pilotos da
TAP – marcada para entre os dias 1 e 10 de maio –, o antigo governante
considera que esta greve em particular, “mais do que uma birra é uma
desonestidade flagrante”.
“Para João Cravinho, esta greve é “um caso absoluto de má-fé, é um caso que desonra, no sentido normal e popular do termo”, disse João Cravinho ao Diário Económico, sugerindo ainda que os pilotos da TAP estão “a pôr o país em polvorosa” e “a destruir a própria empresa”.
João Cravinho admite ainda que a requisição civil “teria com certeza minorado o impacto” da greve e que, mesmo sendo o que descreve como um “ato extremo”, a hipótese deveria ter estado em cima da mesa. “Acho que o assunto é de tal maneira grave que o Governo tem de usar todos os instrumentos que a lei lhe faculta”, defende.
“Para João Cravinho, esta greve é “um caso absoluto de má-fé, é um caso que desonra, no sentido normal e popular do termo”, disse João Cravinho ao Diário Económico, sugerindo ainda que os pilotos da TAP estão “a pôr o país em polvorosa” e “a destruir a própria empresa”.
João Cravinho admite ainda que a requisição civil “teria com certeza minorado o impacto” da greve e que, mesmo sendo o que descreve como um “ato extremo”, a hipótese deveria ter estado em cima da mesa. “Acho que o assunto é de tal maneira grave que o Governo tem de usar todos os instrumentos que a lei lhe faculta”, defende.
27 abril 2015
"Já se pode falar sobre os sindicatos?"
26 abril 2015
Espanha: Aeroporto que custou €1000 milhões em 2009 já foi abandonado
25 abril 2015
Ex-presidente da Câmara do Alandroal, João Nabais (PS), condenado por 17 crimes de peculato
«Seriam os casos de cinco a viagens a Cuba, que a câmara pagou a 50 idosos que precisavam de ser operados às cataratas e viajaram acompanhados de João Nabais; de viagens de "batismo de voo" também garantidas a idosos; ou de deslocações a congressos internacionais.»
O ex-presidente da Câmara do Alandroal João Nabais foi condenado, esta sexta-feira à tarde, a uma pena de prisão de cinco anos, mas suspensa por igual período, pela prática de 17 crimes de peculato.
O ex-presidente da Câmara do Alandroal João Nabais foi condenado, esta sexta-feira à tarde, a uma pena de prisão de cinco anos, mas suspensa por igual período, pela prática de 17 crimes de peculato.
24 abril 2015
Primeira obra de Santos Silva e do Grupo Lena tem 15 anos e não está pronta
Por volta de 1998 Santos Silva e o grupo Lena construíram uma barragem que ainda hoje não funciona. As relações de Sócrates com os donos do grupo também vêm de longe.
O relacionamento de José Sócrates e do seu amigo Carlos Santos Silva com os patrões do Grupo Lena vem de há muito, dos anos 1990, mas não é certo qual deles é mais antigo.
Segundo algumas versões, os contactos do então deputado socialista com os construtores civis de Leiria terão tido início no começo daquela década. Certo é que Santos Silva começou a relacionar-se profissionalmente com a família Barroca Rodrigues no final dessa década, precisamente com um projecto que se tornou um "elefante branco" no concelho do Sardoal.
O relacionamento de José Sócrates e do seu amigo Carlos Santos Silva com os patrões do Grupo Lena vem de há muito, dos anos 1990, mas não é certo qual deles é mais antigo.
Segundo algumas versões, os contactos do então deputado socialista com os construtores civis de Leiria terão tido início no começo daquela década. Certo é que Santos Silva começou a relacionar-se profissionalmente com a família Barroca Rodrigues no final dessa década, precisamente com um projecto que se tornou um "elefante branco" no concelho do Sardoal.
21 abril 2015
Auditoria: excessos, gastos e carros a mais no Tribunal Constitucional
TC foi auditado pela primeira vez: carros para uso pessoal, dinheiro recebido a mais pelos juízes, avaliação dos funcionários por fazer. Sousa Ribeiro, "desgostoso", garante que vai emendar.
Viaturas para uso pessoal de todos os 13 juízes, gastos sem justificação, pagamentos indevidos. Isto tudo o Tribunal de Contas (TdC) encontrou na primeira auditoria alguma vez feita ao Tribunal Constitucional (TC). O documento foi divulgado hoje no site da instituição, classificando de “deficiente” o controlo interno e de “desfavorável” a fiabilidade dos documentos de prestação de contas de 2013. Em quase todos os pontos, os juízes do Palácio Ratton alegaram a legalidade dos procedimentos invocando outra interpretação das leis em vigor.
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