Catarina Martins chegou ao escritório perto das 11h da manhã. Depois de beber um RedBull e tomar dois Guronsans, ligou o iPad e ficou a saber que os gregos exigiam 278 mil milhões à Alemanha, por «reparações de guerra», lê no esquerda ponto tretas. Caty, como é conhecida nos meios alternativos, ficou excitadíssima com a ideia e pegou imediatamente no iPhone para ligar ao amigo íntimo Varoufakis: «Pede 500 mil milhões, pá! Ask five hundred millions, dear!». Combinaram uma vídeo-conferência quadricéfala para decidirem o valor no final do dia de trabalho, que para um político português é às 15h mas que, para os gregos, é às 13h. Já com a presença de Semedo e Merdas, ministro das finanças adjunto grego, acordaram exigir um valor que chegue para pagar as ideias que têm em mente. Se o Bloco de Esquerda vencer as legislativas em Portugal o partido congénere do Syriska vai exigir 250 mil milhões. O motivo arranjado é o pagamento de uma factura de Volfrâmio, que terá ficado por pagar pelos alemães, e que o «historiador» Fernando Rosas diz ter guardada no seu Apple. Com esse dinheiro o BE espera pagar a dívida que tem no BES, respeitantes a várias campanhas eleitorais, e financiar dois anos dos projectos públicos que têm sido prometidos por Caty aos portugueses. «Depois?! Depois logo se vê», remata Catarina, confiante numa vitória de Portugal sobre a Alemanha. Nem que seja em hóquei.
