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Segundo uma reportagem publicada ontem no semanário ‘Sol’, os terrenos da Bela Vista, em Benguela, foram comprados por uma empresa do grupo Espírito Santo, por valores claramente inflacionados. O objetivo era dar corpo a um gigantesco projeto imobiliário de 1,4 mil milhões de dólares, com vendas de imóveis de valores ainda superiores. O projeto nunca passou do papel e o prejuízo acabou por recair no banco de Ricardo Salgado.
Também Carlos Santos Silva usa o mesmo negócio para garantir que nunca recebeu dinheiro do Grupo Lena para José Sócrates. O empresário diz mesmo que a sua fortuna começou com o negócio das salinas e que foi crescendo devido a proveitosos investimentos na Bolsa. Garante ainda ter recebido vários prémios de produtividade pagos pelo Grupo Lena, onde apenas terá cometido o crime de não os declarar. Assegura que os 25 milhões de euros detetados pela investigação são o somatório de bons negócios que fez ao longo da vida.
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