Os responsáveis da Segurança Social são, segundo o Correio da Manhã, suspeitos de vender falsas declarações a dezenas de empresários, a atestar que as respetivas empresas não têm dívidas para com a Segurança Social, de modo a que as empresas se possam apresentar de forma fraudulenta a concursos públicos.
O jornal conta que no esquema de pagamento de luvas, detetado no âmbito de uma investigação coordenada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ), em articulação com a 9ª secção do DIAP de Lisboa, o advogado e dois técnicos de contas serviam como intermediários.
A operação da PJ em larga escala ainda decorre. O Correio da Manhã informa que já foram efetuadas mais de 50 buscas levadas por 80 inspetores da Judiciária.
Segundo a Lusa, a Polícia Judiciária está a realizar hoje cerca de 50 buscas domiciliárias e não domiciliárias no âmbito de uma operação de combate à corrupção num inquérito do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
A PJ e a Procuradoria-Geral da República confirmaram à Lusa a realização das buscas, indicando apenas que estas estão a decorrer «no âmbito de um inquérito que corre termos no DIAP de Lisboa por alegada corrupção».
A operação está a ser realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária, sob a orientação do DIAP de Lisboa.
Na passada semana, em entrevista à Renascença e ao Público, a procuradora-geral da República tinha falado de «uma rede que utiliza o aparelho de Estado» para corrupção.